Estudos feitos por especialistas mostram que a diabetes mellitus, a obesidade, a resistência a insulina, a desnutrição e a nutrição parenteral são algumas das situações que aumentam a probabilidade de ocorrência da esteatose hepática não alcoólica nos indivíduos. Outros fatores de risco para a esteatose hepática não alcoólica, também encontrada frequentemente em associação aos citados anteriormente, são a dislipidemia, a hiperuricemia, a hipertensão, a apneia do sono e a presença de aumento de circunferência abdominal (> 80 em mulheres e > 90 cm em homens – mesmo que na ausência de aumento de IMC). Ou seja, percebe-se que a esteatose hepática não alcoólica é uma doença presente na população com o diagnóstico de (ou com risco de evoluir para ) síndrome metabólica.
No caso da obesidade, sabe-se que há um desequilíbrio entre a
síntese de triglicérides (moléculas de gordura que tem como principal função a
oferta de energia para o funcionamento do organismo) no fígado e sua
secreção, além da frequência de ingestão de alimentos
gordurosos ser elevada. Na ocorrência de diabetes tipo 2, acredita-se
que tal doença seja um fator de risco para a esteatose hepática pelo
fato dos diagnosticados terem o metabolismo de ácidos graxos aumentado e suas
dietas serem ricas em carboidratos e gorduras.
No caso da desnutrição, geralmente ocorre diminuição da produção
de proteínas e de secreção de triglicérides pelo fígado. Nesta situação, a
gordura no fígado se concentra predominantemente na área periportal,
diferentemente do que ocorre na esteatose alcoólica, quando o excesso de
gordura passa a concentrar na zona centro lobular. A nutrição parietal,
por sua vez, é rica em carboidratos o que está diretamente relacionado com o aumento
do teor calórico, afetando a infiltração gordurosa hepática.
Percebe-se que a maioria dos fatores de risco tem como causa a
resistência a insulina, que na maioria das vezes é consequência da ingestão de
alimentos ricos em carboidratos e gorduras. Sabe-se que a esteatose hepática
não alcóolica pode ser reversível desde que, inicialmente, elimine-se o excesso
de gorduras e carboidratos da dieta, associados a uma redução de peso e, se
necessário, associando-se um tratamento medicamentoso para promover aumento da
sensibilidade a insulina nestes indivíduos.
Em breve, um post sobre resistência a
insulina!
- http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3467
- http://www.abeso.org.br/pagina/273/artigo.shtml
- http://www.amrigs.com.br/revista/45-01-02/pg61a66.pdf
Post por Bruna Garcia